AS PUBLICAÇÕES NO JORNAL O ILHAVENSE
Ao longo deste ano tive a oportunidade de publicar mensalmente um pequeno artigo sobre o Yoga.
Agradeço á direcção do jornal O Ilhavense a sua disponibilidade.
Segue-se a exposição das publicações.
5000 ANOS DE YOGA
Ao longo deste ano tive a oportunidade de publicar mensalmente um pequeno artigo sobre o Yoga.
Agradeço á direcção do jornal O Ilhavense a sua disponibilidade.
Segue-se a exposição das publicações.
5000 ANOS DE YOGA
O yoga é uma prática ancestral que tem acompanhado o ser
humano ao longo de gerações e gerações e por incrível que pareça, esta prática
preserva a sua originalidade com a força da tradição milenar, através do
inconsciente coletivo. A sua origem perde-se no tempo, diz-se que é oriunda da
Índia e tem mais de 5000 anos. O ser humano actual tem sorte, muita sorte em
ter ao seu alcance a sabedoria milenar
do yoga, uma prática psicofísica que não se perdeu no tempo. Acredito
que o facto de ter chegado até nós, depois de atravessar tantas gerações e
culturas diferentes, prova que é algo bom. Ensina o homem a conhecer-se, a
evoluir, a ter mais saúde, a ser feliz…..
O YOGA AJUDA A CONTROLAR A TENSÃO
ARTERIAL
O homem no
seu estado original não precisava de ser instruído para o exercício físico,
assim se verifica nas crianças, cuja actividade física é quase permanente. Mas
á medida que se foi civilizando, o homem foi delegando certos deveres a outros
restringindo-se a actividades limitadas, até que actualmente muitos exercem
apenas trabalho mental, e outros fazem apenas trabalho físico. Ambos vivem em desequilíbrio,
de um modo anti natural. O trabalho mental sem actividade física atrofia a vida
e vice-versa. O corpo são é aquele que recebe nutrição e oxigenação por igual
em todas as suas partes e nenhuma parte é devidamente oxigenada se não for
exercitada. É possível controlarmos alguns movimentos automáticos que o nosso
corpo tem, como por exemplo a respiração, o ritmo cardíaco, controlo da dor e
resistência física, controlo de emoções. Para atingirmos este controlo é
necessário usar uma atitude mental em relação á actividade física. Cabe a cada
um de nós encontrar e escolher o caminho que nos leva á harmonia e equilíbrio.
O yoga é uma ferramenta muito útil para escolhermos o caminho que nos leva á
harmonia e equilíbrio e um deles é a respiração. Conhecermos a nossa respiração
que é o alento mais importante da vida, é apenas um dos exercícios do yoga. Na sequência
dos últimos artigos o caro leitor teve a oportunidade não só de conhecer mas
também de aprender como respirar devagar.
O exercício
de respirar devagar traz grandes vantagens ao ser humano e uma delas é a
redução da hipertensão. Apresento alguns relatos científicos que provam a
eficácia do resultado. De acordo com um cientista do National Institutes of
Health (NIH) dos EUA, o modo de respirar pode ser a chave para a regulação da
tensão arterial. E isto tem mais a ver com a eliminação do sódio pelos rins do que
com o relaxamento proporcionado. O investigador David Anderson está a tentar
provar a teoria com a ajuda de um mecanismo especial para treinar os
voluntários com hipertensão a respirar devagar. Anderson explicou “se passar o
dia sentado, respirando superficialmente, os rins poderão ser menos eficientes
para se libertarem do sal, do que se fizesse uma caminhada pela montanha”.
Mesmo conhecendo os factores de risco (excesso de peso, sedentarismo, consumo
elevado de sal), os cientistas não entendem o que está na raiz da causa da
hipertensão. Sabe-se que os exercícios de yoga, meditação e outras técnicas de
relaxamento que incorporam um ritmo de respiração profunda e lenta, ajudam a
reduzir a pressão do sangue, mas faltam as investigações científicas para provar
este facto. Em 2002 a Food and Drug Administration (FDA) aprovou a venda, sem
receita médica, de um aparelho que reduz a tensão arterial ao ditar um ritmo
lento para a respiração. O dispositivo acompanha os movimentos torácicos do
utilizador e emite um som, a intervalos cada vez maiores, que avisam quando
deve inalar ou exalar. Estudos patrocinados pelo fabricante apontam para uma
redução da tensão arterial. Por que razão funciona é um enigma, diz o médico
William J. Elliot, que liderou o estudo sobre o aparelho. O Dr Herbet Benson
foi a primeira pessoa que observou que o relaxamento baixa a pressão sanguínea.
Os seus estudos começaram no início de 1970 e desde então, ele vem observando
resultados centenas de vezes. O relaxamento tem muitos outros benefícios
relacionados ao stress.
O YOGA MELHORA O AMBIENTE
1. A bicicleta como meio de transporte
O YOGA MELHORA O AMBIENTE
Quem pratica yoga com certa frequência, sente-se melhor
física e mentalmente, isto é ponto assente porque acontece com todos.
Uma pessoa só se sente bem quando anda bem fisicamente e é
isso que o yoga proporciona, flexibilidade, tonicidade muscular, alinhamento
postural, firmeza, por outro lado ensina-nos a respirar, a ter consciência da
própria respiração e a controla-la. Ao controlarmos a respiração controlamos
também as emoções.
Está provado cientificamente que uma pessoa saudável e bem-disposta
produz maior quantidade de endorfinas (as chamadas de hormonas da felicidade),
pessoas assim proporcionam algo invulgar, quando alguém está perto delas
sente-se bem e não sabe porquê. Trata-se de um fenómeno energético. Para
vivermos precisamos de energia e ela vem até nós pelos alimentos, água e ar. Um
dos efeitos inconscientes do yoga no nosso corpo é gerir a energia eficazmente,
fazendo-a chegar vigorosamente a todas as partes do corpo. A energia não é uma
coisa palpável e espalha-se no ambiente. Quanto mais pessoas praticarem yoga
mais bem-estar, harmonia e paz se espalha logo o yoga melhora o ambiente.
Siga as seguintes sugestões retiradas do site dharmabindo:
“Os yogis devem assumir uma postura corajosa. Devem
confrontar a ilusão. Devem possuir em si o leão capaz de lutar contra a
anestesia cerebral da sociedade de consumo.
Como uma aplicação prática de reflexões filosóficas propomos
aqui alguns tipos de acções (karmas) que
devem ser encarados como exercícios de transformação dos hábitos perniciosos da
era de Kali. O slogan de Swami Prabhupada aplica-se em todos os casos: Vida
Simples, Pensamento Elevado!
1. A bicicleta como meio de transporte
Não polua, gaste
praticamente nada, fique em contacto com o corpo, conheça melhor
a sua cidade.
Desacelere a sua mente
. 2. O vegetarianíssimo como acção política
Deixe de matar e impor sofrimentos terríveis a outros
seres sensíveis. Pare de contribuir com a poluição das águas causadas pela indústria
pecuária. Divulgue a cultura da paz de ahimsa.
3.
O boicote ao consumo
Liberte-se da
ilusão da publicidade. Compre o que é realmente preciso.
4.
Redução do lixo
Use sacos de pano nas suas compras. Reduza os sacos
plásticos. Recicle e dê
preferência
a embalagens reutilizáveis.
5.
Plantio doméstico de vegetais e árvores
Produza mudas de árvores, germine sementes em
casa a partir das frutas que você
Come. Faça uma horta doméstica e/ou uma horta
comunitária. Plante, se isso for
possível, árvores e vegetais nas ruas e terrenos da cidade.
6.
O elogio do ócio, das artes livres e
a critica ao trabalho
Procure formas alternativas de ocupar o seu tempo.
Desfrute de momentos diários de contemplação
A RESPIRAÇÃO E AS EMOÇÕES NO YOGA
A RESPIRAÇÃO E AS EMOÇÕES NO YOGA
O yoga é uma prática exclusivamente
humana e é sem dúvida a que oferece um equilíbrio integral dos mais completos
do mundo. Tal como temos vindo a divulgar nas nossas crónicas sobre yoga,
trata-se de uma prática que abrange áreas muito diferentes entre si, mas com um
propósito comum, o desenvolvimento humano e a promoção da saúde e qualidade de
vida.
Hoje e durante as próximas
publicações iremos falar sobre a respiração e o quanto ela influencia a nossa
vida.
Respirar é o acto mais vital da
própria vida.
Respirar é viver, no entanto são
poucos os momentos em que percebemos o seu valor. Se compararmos os elementos
vitais para a existência, respirar ocupa o primeiro lugar: sem comer
subsiste-se varias semanas, sem beber vários dias, mas sem respirar morremos em
poucos minutos. Acontece que a maioria das pessoas respira mal e de forma
insuficiente, usando apenas uma pequena parte da capacidade pulmonar que tem. O
yoga ensina-nos a tomar consciência do acto de respirar e a usarmos o potencial
extraordinário que temos para a absorção plena da energia vital ou prana,
através de exercícios respiratórios que expendem e ampliam a caixa torácica,
aumentando assim a energia vital.
Respiração, mente e emoções interagem
entre si, por isso cada estado emocional desenvolve um determinado ritmo
respiratório. Um estado de satisfação, segurança ou serenidade, induz uma respiração
profunda e ritmada, traduzindo-se num batimento cardíaco sereno e suave. Por outro
lado a respiração curta e rápida denota ansiedade, insegurança e medo,
produzindo taquicardia e hipertensão. Com a aprendizagem da manipulação do
ritmo respiratório, conseguimos modificar e dominar as emoções, o que ira
interferir positivamente nas relações afectivas, no desenvolvimento
profissional e na qualidade de vida.
Mas os exercícios respiratórios do
yoga vão muito mais alem, pois através deles tomamos consciência de que a
energia vital que compõe o nosso corpo é a mesma que movimenta o universo,
mostrando-nos uma outra dimensão de nós mesmos. Quando falamos em domínio da
respiração não é no sentido de a limitar mas sim de a expandir, elevando a
consciência e aumentando a capacidade de controlar as emoções.
OS GESTOS NO
YOGA
Nas nossas
crónicas sobre o yoga tem-se explanado um pouco sobre os diferentes exercícios
que esta prática ensina. Hoje vamos explorar os gestos ou mudrás.
Durante
milénios o ser humano comunicou entre si por meio de gestos, mesmo antes da
palavra existir, por isso a disposição dos braços e das mãos estão
inexoravelmente ligados ao sistema nervoso. Os gestos expressam os nossos
pensamentos e emoções, actuando como terminais nervosos do organismo. Existem
inúmeros estudos publicados na área da antropologia e da psicologia
demonstrando que seja qual for o povo, determinados gestos possuem um
significado comum, desde uma tribo primitiva até á sociedade actual. Quem nunca
sentiu a adrenalina a subir por causa de um gesto provocador? Quem nunca sentiu
segurança por causa de um gesto aquietante? Não há dúvida de que as mãos e os
dedos são, além de ferramentas da edificação cultural, meios eficazes de
comunicação entre indivíduos.
Mudrá é um
termo em sânscrito que significa gesto. Existem alguns tipos de yoga que usam
os gestos exclusivamente com as mãos, mas as escrituras antigas referem que os
mudrás (gestos) são fonte de uma linguagem gestual e corporal que se origina na
tradição tântrica e está indissoluvelmente associada ao registo akáshico, que é
o espaço subtil onde estão armazenados todos os conhecimentos e feitos da
humanidade, desde os seus primórdios até aos dias de hoje.
No yoga os
gestos que se usam são reflexológicos, simbólicos e magnéticos. Reflexológicos
porque desencadeiam processos conscientes e mudanças fisiológicas que acontecem
em função das alterações da consciência. Na prática permitem aumentar a
concentração e elevar a percepção, reflectindo-se no ritmo respiratório, no
batimento cardíaco e na frequência das ondas mentais. Os mudrás (gestos) no
yoga são também simbólicos porque todos têm uma riqueza de significados
conectados com aquele segmento do registo akáshico onde está entesourado o
conhecimento do yoga. No aspecto
magnético sabemos que todos os organismos vivos possuem magnetismo e
polaridade. A energia flui em quantidade e qualidade distintas por todo o
organismo, por isso diversos efeitos electromagnéticos acontecem quando
fechamos circuitos entre dedos e mãos. Os mudrás (gestos) são um excelente
instrumento de ajuda nos exercícios de concentração e meditação. Com
determinados gestos fechamos e conectamos canais de circulação da energia,
concentrando essa mesma energia em áreas específicas do corpo. As mãos ao
combinarem gestos diferentes desenvolvem reacções electromagnéticas distintas.
As fotos kirlian tornaram-se populares e provam que das mãos e dedos partem
feixes de energia fotogravavel.
As mãos são
sem duvida um instrumento de mestria. O dorso é positivo em relação á palma. As
pontas são negativas em relação ao pulso. A mão direita é positiva e representa
o sol. A mão esquerda é negativa e representa a lua. Quando fechamos circuitos
entre dedos e mãos, diversos efeitos electromagnéticos acontecem no corpo.
YOGA CONHEÇA E EXPERIMENTE
A respiração
abdominal é um exercício comum a todos os tipos de yoga e é dos mais
importantes e ao mesmo tempo dos mais banais.
Na sequência
do último artigo falamos que este tipo de respiração é o melhor exercício de
acção sedativa sobre o sistema nervoso. É um exercício que usa o diafragma
intensamente, provocando uma massagem interna, tonificando e relaxando os
órgãos importantes. O que acho mais interessante neste exercício é o facto de
nós nascemos a respirar assim. Os bebés é assim que respiram. Quando uma pessoa
está em coma a lutar pela vida, é assim que respira. Em situações de choque é
assim que se respira.
E que tal
experimentar executa-lo?
Convido o
caro leitor a sentar-se confortavelmente com as costas direitas. Para
endireitar as costas traccione a coluna, esticando os fracos para coma e
espreguice. Depois coloque as mãos sobre os joelhos e tome atenção á
respiração, observe-a como se estivesse a ver qualquer outra coisa. Respire
sempre pelo nariz. Deite o ar fora e comece a encher a barriga, projectando-a
para a frente. Expire e recolha a barriga para dentro. Vá fazendo respirações
cada vez mais longas, coloque as palmas das mãos sobre a barriga, sem fazer
força para sentir o tacto da barriga a movimentar-se para a frente e para traz
cada vez que se inspira e expira.
No início
como estamos muito habituados a respirar para a parte alta dos pulmões,
torna-se um pouco difícil de coordenar a respiração com o movimento, mas com
alguma preserverança e continuidade, facilmente o conquistamos.
Fica o
desafio, mas alerto que o yoga deve ser ensinado por um professor, pois há
sempre pequenos pormenores que fazem toda a diferença e que têm de ser corrigidos
por quem saiba.
Que bom que este blog está com actualizações!!!!
ResponderEliminarPenso recomeçar em Setembro!
cláudia